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Uma eterna estudante...

sábado, setembro 22, 2007

A Tradição ainda é o que era?

Computadores portáteis, quadros interactivos, internet, moodle nas escolas, choque tecnológico e velhos métodos!!




Cibercultura - Entrevista a Pierre Lévy - TV Globo

quarta-feira, setembro 12, 2007

Aprendizagem Colaborativa e Construtivismo: Concretizável ou Naiff

Tenho tido algumas discussões interessantes com um ou outro colega de curso sobre o modelo pedagógico adoptado para o nosso curso. Refiro-me a um modelo de aprendizagem colaborativo centrado no aluno, na sua actividade e autonomia em colaboração com os seus pares, em oposição a um modelo instrucionista em que o conhecimento se centra sobretudo no professor.

Dizem-me esses colegas que o modelo colaborativo não funciona, porque os colegas/alunos têm dificuldade em partilhar com os outros e que cada um individualmente ou "quintinhas" na melhor das hipóteses, tende a trabalhar unicamente pelos seus interesses. Quando ouço esta crítica ao modelo tenho a sensação que está contaminada pelas más experiências que temos ao longo da nossa vida e que se devem a uma postura social cada vez mais individualista e egoísta. Não me lembro de alguém me ter dito que não gosta do modelo... parece-me efectivamente que as pessoas não acreditam. É como se se tratasse de algo tão bom e ideal que se transforma em utópico e inconcretizável e portanto quem acredita passa a ser encarado como um ser ingénuo e optimista em demasia.

No balanço do que foram as discussões online do segundo semestre, não posso deixar de fazer aqui uma reflexão sobre este assunto:


Gostaria de referir-me em particular à necessidade de aprender a aprender e daquilo a que alguns autores apelidam de Gestão do Conhecimento, aspectos essênciais para a sobrevivência de qualquer profissional no mercado actual de trabalho.

Se a educação/escola, tem como um dos objectivos preparar os futuros profissionais para o mercado de trabalho é desejável que o faça tendo por base as actuais necessidades do mercado, e actualmente, mais que nunca, nós precisamos de profissionais autónomos mas que saibam trabalhar em parceria/grupo, que discutam e que encontrem soluções criativas para os problemas. Mais ainda quando a condução e manutenção da vida profissional depende única e exclusivamente de cada um de nós e das posturas que assumimos num mercado cada vez mais exigente. No trabalho todos os dias aparecem novos desafios e como sabemos o modelo taylorista da divisão de tarefas já lá vai e os modelos de liderança inflexível também; entenda-se, para o mundo do trabalho e para o da educação...

O modelo actual de gestão baseia-se num modelo cooperativo e colaborativo, segundo o qual o êxito de um elemento é o êxito da organização e o êxito da organização é o êxito de todos. Da mesma forma os prémios de produtividade vão sendo distribuídos por toda a equipa e já não para "aquele que mais produz". Os gestores de topo estão lá para coordenar operações e não para se envolverem directamente na resolução de problemas intra-equipas. Simplesmente há objectivos a cumprir e a responsabilidade é da equipa. Fundamental portanto o espírito de equipa. Tão só.

Parece-me até que podemos fazer o paralelismo gestores de topo/professores, trabalhadores/estudantes. E se o modelo escolar traduz e simultaneamente se traduz nas necessidades da sociedade actual, então, parece-me que estamos no bom caminho se adoptarmos os modelos colaborativos quer nos sistemas presenciais como nos online.

quinta-feira, setembro 06, 2007