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Uma eterna estudante...

sexta-feira, março 21, 2008

A Escola, o telemóvel e a extensão do corpo - Agressões e a Responsabilidade Social

Só por mero acaso situação idêntica ainda não se passou comigo. Frequentemente tenho os bolsos cheios de telemóveis "apreendidos" durante duas ou três horas, até ao final da aula. Eles escrevem sms como alguém experiente tecla num computador, com as duas mãos, com todos os dedos. Efectivamente impressiona-me a competência e a rapidez.

Não coloco em causa a relação dos jovens de hoje com as tecnologias, muito menos as teorias de que o telemóvel é para os jovens de hoje uma extensão do corpo. De facto é assim e há um lado positivo nesta relação que deveria ser mais explorado por nós, professores e formadores. O que não pode mesmo acontecer é que a sala se transforme nisto...

Ontem, no jornal da noite da SIC, o jornalista perguntava a uma psicopedagoga se as novas teorias pedagógicas seriam responsáveis por este tipo de situações e pela perda de autoridade dos professores. Apeteceu-me dizer, com todo o respeito pelo jornalista em questão: "vá aprender sobre as novas teorias pedagógicas!" É que essa história de responsabilizar os professores por comportamentos deste género tem ido longe demais; tão longe que em casa já ninguém se responsabiliza pela educação dos filhos. Até admito que a autoridade da professora em questão estivesse, por qualquer razão que desconhecemos, fragilizada. Ok, até admito, mas talvez não fosse mau questionarmo-nos sobre a forma como andamos a educar as crianças. Seres que não aceitam um não, que não podem ser contrariados, que não sabem lidar com a frustração de não terem aquilo que querem - TUDO o que querem! Crianças a quem damos tudo o que pedem, só para não os ouvirmos berrar na rua ou no meio de um hipermercado, com vergonha de um escândalo.

Quer dizer.... por favor, não responsabilizemos os professores pela educação básica que deve ser dada em casa e muito menos imputemos culpas à pedagogia, pois se bem me lembro uma "pedagogia do oprimido" pode ter levado muita gente a decorar a tabuada e a lembrar-se por mais de 50 anos, mas ninguém gostava da "menina dos olhos" e das "orelhas de burro". Além disso, se aquela professora tivesse perdido o controlo (coisa mais que normal dadas as circunstâncias) e dado uma bofetada na aluna estaríamos aqui a discutir que direito têm os professores de agredir os alunos.

O caso choca-me por várias razões, primeiro porque como afirmei, podia ter acontecido comigo, segundo porque não é apenas frequente nas escolas portuguesas - é diário; por último, choca-me a atitude da turma, o tempo que demorou até que alguém tentasse separar a aluna da professora e o ambiente de galhofa e de espectáculo. Choca-me porque de facto são estes os jovens que andamos a criar... Imaginemo-los adultos...

O vídeo está disponível integralmente no youtube e os rostos bem descobertos para quem quiser ver. Por uma questão de respeito não o coloco aqui na sua forma original, mas fica a versão RTP: http://www.youtube.com/watch?v=k9oprWYOKhs

sábado, março 15, 2008

terça-feira, março 11, 2008

Lisboa no Google Earth

Gostei :D

Como (não) Fazer uma Dissertação de Mestrado

Para quem quiser saber tudo o que (não) deve fazer enquanto prepara uma dissertação de mestrado, ou se quiserem - Como levar o orientador e o Júri à loucura :D Aqui: http://zamorim.com/textos/tesedemestrado.html