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domingo, fevereiro 04, 2007

Ensino a Distância - O que não é possível ignorar? (IV)

Não posso ignorar que a Educação a Distância não é um exclusivo da Educação de Adultos, como vem sendo apanágio da prática e pode muito bem ser aplicada à educação de crianças e jovens.

Contudo, educar adultos e educar crianças neste modo de ensino exige diferentes aproximações pedagógicas e metodológicas.

Apesar de a grande maioria dos estudantes envolvidos em programas de e-learning serem adultos, as crianças não podem nem devem ser afastadas dos sistemas de ensino a distância. Países como a França, Austrália, Canadá e Nova Zelândia desenvolvem projectos a este nível e têm contribuído para saltos inovadores na investigação pedagógica.

(Foto:http://www.icmgonline.org.br/fotos/ecidadania%20casa%20abrigo.JPG)

sábado, fevereiro 03, 2007

Dormindo sobre o assunto...



Brande (cit. in Keegan. 1996) afirma que o Ensino a Distância tem sido visto como uma segunda alternativa à Educação Convencional . Será que isto ainda é verdade?

Curiosamente, estando a frequentar um curso
em e-learning e sobre o e-learning não consigo assumir uma posição muito "coerente" sobre este assunto...

Por enquanto, os cursos na modalidade de e-learning con
tinuam a ser vistos com alguma desconfiança e até medo. Mas será por quanto tempo? Não será o e-learning uma consequência das elevadas exigências da sociedade actual? Não será também o e-learning uma forma de chegar onde as escolas não estão, os professores não estão e os alunos não podem ir ou são insuficientes?

Será mesmo que o ideal é aprender debaixo desse tecto
físico, administrativo e burocrático? Só desta forma se poderá aprender com confiança?


A minha 1ª Turma, Amadora, 1980

A minha relação com esta temática é ainda demasiado mitigada, confusa... Este é para mim um mundo novo estou a explorar. É difícil cortar laços com um sistema (o único) que sempre conheci e vivi... Quem sabe se no final desta formação eu possa dar uma resposta...

Ensino a Distância - O que não é possível ignorar? (III)


Associado à indefinição do que é "Ensino a distância" surgiram nos anos 90 (fruto do imenso salto tecnológico e digital e da consequente democratização do mesmo) uma série de termos que muitas vezes se confundem entre si. Keegan (1996) ajuda-nos a compreender o alcance e as limitações de cada uma destas formas. A saber:

a) Educação a Distância;
b) Open Learning / Open Education;
c) Aprendizagem Flexível (Flexible Learning);
d) Open and Distance Learning;
e) Open Distance Learning.



A Educação a Distância é uma forma/modelo de educação, neutro quanto às metodologias adoptadas. Alguns cursos nesta modalidade são abertos, outros são fechados, o que só por si não nos dá uma clara definição de Educação à Distância.

Na opinião de Keegan e Rumble as "Universidades Abertas" deveriam mais correctamente designar-se de "Universidades de Ensino a Distância". Acontece que o termo "Aberta" parece dar maior prestígio (talvez relacionado com o efeito psicológico que provoca na nossa mente) e dessa forma tem sido alimentado e mantido.

McKenzie (cit. in Keegan. 1996) adverte para o facto da expressão "Open Learning" poder gerar algumas confusões e indefinições. Afinal, o que é "aberto"? - os educadores são abertos? os alunos são abertos? as políticas administrativas das instituções são liberais? Por aqui se vê o tipo de confusões que esta expressão pode provocar... Não obstante, a verdade é que "Open Learning" não descarta em si as condições necessárias ao ensino presencial. Muitas das ditas "Universidades Abertas" têm estruturas rígidas e fechadas, inflexíveis e lentas a responder às necessidades da comunidade educativa, fixam prazos de entrega de trabalhos e padrões de acesso (Keegan).

Efectivamente, "Open Learning" e "Distance Education" não são sinónimos.

Flexible Learning é um conceito próximo de "Open Learning". Brande (cit. in Keegan) define-o como um sistema em que os alunos aprendem quando querem (frequência, timing, duração) e como querem (métodos de estudo utilizados). Estas características podem ser comuns ao Ensino a Distância, acrescentando-se mais uma característica - os alunos podem escolher onde querem estudar.

Ensino a Distância - O que não é possível ignorar? (II)

Não é possível ignorar que, na terminologia encontrada por Moore (cit. in Keegan. 1996) e que curiosamente ainda faz todo o sentido e por isso continua actual, existem duas grandes famílias de actividades educacionais:

a) O Ensino Tradicional: a mais familiar, mais velha, mais absorvida e mais naturalizada pela sociedade. Inclui todas as situações educacionais onde o professor e os alunos estão fisicamente presentes. Acção decorre num espaço e tempos próprios para o efeito, sob uma determinada ordem organizacional e administrativa. O principal meio de comunicação é a voz.
"Ensinar", é nesta perspectiva, um serviço que é produzido e consumido em simultâneo.

b) O Ensino a Distância: inclui situações educacionais em que o professor está separado fisicamente dos seus alunos. Por seu turno, os alunos podem estar separados entre si ou não. Casos em que os alunos poderão estar presentes fisicamente entre são, por exemplo, as situações cuja apredizagem foi mediada pela tele-escola, relativamente comum nos anos 80 em Portugal, sobretudo nas regiões do interior do país.
Como o professor não está em contacto directo e físico com os alunos, a comunicação pedagógica terá de ser facilitada por qualquer outro meio/canal mecânico ou electrónico.
Nesta situação, a produção e o consumo poderão estar dissociados no tempo e no espaço. Os conteúdos, os métodos e as estratégias a utilizar terão de ser pensados e produzidos e depois transportados e armazenados no meio que for utilizado (uma cassete de vídeo ou audio, ou um servidor de internet). Os alunos terão então oportunidade de aceder a essa fonte de armazenamento.
A interacção entre professor/aluno poderá não ser nula, contudo é afectada pelo atraso resultante da necessidade de comunicar à distância. É por essa razão que a interacção entre docentes e discentes, não pode neste método ser considerada uma estratégia de ensino completamente válida.

Keegan, por sua vez, faz corresponder a esta categorização dois novos conceitos de família da educação:

a) Educação Convencional: Correspondente à 1ª família de Moore, este tipo de educação/aprendizagem acontece dentro da sala de aula. É baseada na instrução escolar.

b) Educação não Tradicional: Correspondente a todas as formas/situações educativas que fogem aos parâmetros de "normalização" estabelecidos pela educação convencional.

Ensino a Distância - O que não é possível ignorar? (I)

Não posso ignorar que nem todo o Ensino a Distância se refere ao e-learning ou ao ensino através do uso das novas TIC e da Internet. O Ensino a Distância é apenas uma modalidade de Ensino, dentro da qual encontramos várias formas com usam diferentes meios, métodos e recursos pedagógicos e didácticos. Desta forma, se eu fizer um curso por correspondência, estarei integrada num curso de Ensino a Distância e não terei necessariamente de usar ferramentas electrónicas.

Não posso ignorar
, devido ao facto de a investigação não ter deixado claro o significado do termo "Ensino a Distância" posso encontrar diversa literatura em que encontrarei este termo, como sinónimo de "Open Learning", "Flexible Learning", Open and Distance Learning" ou "Open Distance Learning".

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Quem é quem no Ensino a Distância?

Keegan, Desmond






Desmond Keegan foi fundador da Univerdade Aberta Italiana, Consorzio per l'Universita a Distanza.
Actualmente é director do Distance Education International de Dublin, Irlanda.
A sua obra tem contribuído para o aprofundamento dos temas relacionados com o e-learning e ensino a distância.
Alguns dos livros publicados: Distance education: international perspectives.(Croom Helm 1983), Foundations of distance education.(Croom Helm.1986) Theoretical principles of distance education.(Routledge 1993) Distance education: new perspectives. (Routledge 1993) The industrialization of teaching and learning. (Routledge.1994). Distance training in the European Union. (European Commission 1997) Distance training: taking stock at a time of change (Routledge, 2000). From e-learning to m-learning (FernUniversitat 2002).

Moore, Michael G.



Foi pioneiro na investigação e prática do Ensino a Distância. Nos anos 70 escreveu as primeiras definições de educação a distância, desenhou, orientou e leccionou nos primeiros cursos universitários nesta modalidade. Para além de professor na Universidade da Pensilvânia é também consultor de vários departamentos e projectos do Banco Mundial.
http://www.ed.psu.edu/education/default.asp?which=199

Actividade 1

Foi-nos pedido nesta actividade que escolhessemos um dos seguintes seguintes capítulos dos livros de Desmond Keegan, "Foundations of Learning Education" e "Theorical Principles of Distance Education":

Capítulo 2: "Open, Non-Traditional and Distance Education" (Foundations of Learning Education);
Capítulo 3: "Definition of Distance Education" (Foundations of Learning Education);
Capítulo 1: "Quality and Acess in Distance Education: Theorical considerations" (Theorical Principles of Distance Education).

Para conseguir ter uma visão mais concreta tive necessidade de ler todos os capítulos, mas centrar-me-ei apenas no capítulo 2 do livro "Foundations of Distance Education".

O objectivo desta tarefa é que, como base no capítulo escolhido, possamos colocar num blog construído para o efeito, aquilo que não é possível ignorar no Ensino à Distância.