As actuais práticas educativas não são inspiradas numa única teoria de aprendizagem no que concerne ao uso de tecnologias de informação e comunicação. Se é verdade que alguns educadores e professores tentam fazer uso do melhor de várias teorias, também é verdade que outros profissionais da educação e fabricantes de software supostamente educativo, continuam a apostar em designs, teorias e métodos que teimam em menosprezar o papel das (pré)aprendizagens individuais, do contexto sócio-cultural no qual os educandos estão envolvidos e mesmo de uma relação pedagógica que se deseja saudável e motivante.
Johansson e Gärdenfors (2005) comparam o desenvolvimento e a implantação de uma teoria da aprendizagem que centre em si os melhores e mais recentes produtos das investigações da psicologia e das neurociências com o desenvolvimento da medicina: antes da medicina moderna ter sido desenvolvida, havia um largo campo de medicina tradicional – práticas para tratar doenças que eram baseadas numa mistura do conhecimento tradicional dos efeitos de várias plantas e tratamentos baseados em mitos e superstições, sem qualquer controlo científico.
Os autores concluem que o campo educacional tem sido praticado ao nível da medicina tradicional, afirmando que a pedagogia ainda não encontrou o seu Pasteur. Assim, a maioria das práticas educativas são ainda motivadas por uma combinação entre psicologia tradicional e uma referência de tradições que conduzem a inconsistências e a recomendações potencialmente perigosas.
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