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sábado, maio 12, 2007

As TIC como Mediadoras dos Processos de Ensino-Aprendizagem (Teorias Construtivistas)

"Não é suficiente que o aluno saiba que errou, é preciso também ter elementos para avaliar a qualidade do erro".
Jean Piaget

Embora não possamos falar de uma Teoria Construtivista - o construtivismo é uma amálgama de teorias (Piaget, Gibson, Glasersfeld, Driscoll, Linn, Jong) - poderemos focar Jean Piaget como o seu grande impulsionador.
(...)

Para Piaget a acção do sujeito é peça fundamental da aprendizagem. Aprender a agir sobre o mundo e descobrir as consequências dessa acção está na base do próprio pensamento (…) As acções ocorrem num dado ambiente, assentam sobre objectos que constituem o mundo da experiência e são orientadas por objectos. O conhecimento emerge das acções e da reflexão do sujeito sobre elas (Lourenço, O. 2005). Daqui é sugerida uma autonomia do sujeito que aprende, sendo ele próprio o motor de desenvolvimento da sua aprendizagem (e não tanto partindo da interacção com os outros) sendo o foco educativo a transformação interna.

(...)
No que respeita à aplicação prática do construtivismo através de aplicações tecnológicas poderemos considerar o uso de Sistemas Tutores Inteligentes (STI) e tarefas que potenciem o desenvolvimento de competências de argumentação, resolução de problemas, pensamento crítico e aprendizagem auto-regulada; por outras palavras, tarefas que potenciem uma aprendizagem independente (o método clínico de entrevista levado a cabo por Piaget é bem exemplificativo deste tipo de abordagem).

Driscoll (Cit. in Johansson & Gärdenfors; 2005) identificou cinco condições da aprendizagem sob a perspectiva construtivista: 1) envolver a aprendizagem em ambientes complexos, realistas e relevantes; 2) estimular a negociação social como parte integrante da aprendizagem; 3) apoiar perspectivas múltiplas e o uso de múltiplos modos de representações; 4) encorajar a apropriação da aprendizagem, favorecendo a participação do estudante na construção do seu próprio conhecimento e 5) alimentar a auto-consciência do processo de construção da aprendizagem. Uma excelente aplicação prática destes princípios é a aplicação de PBL (Problem Based Learning). Nesta actividade, os estudantes deverão escolher um problema, trabalhar em grupo, tomar uma decisão através da revisão do material que têm disponível, apresentar e discutir diversas perspectivas e respectivas soluções para o problema e, por fim, construir e argumentar a sua própria decisão.

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