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sexta-feira, outubro 26, 2007

Reflexões em volta de uma experiencia na Comunidade Ning (II)

Comunidade de Aprendizagem

É verdade que já falámos e discutimos muito, em diversas disciplinas sobre o conceito de comunidade de aprendizagem, mas a experiência Ning permitiu-nos de alguma forma, colocar à prova nossa própria comunidade. Refiro-me às características mais humanas de cada um de nós (para além do nosso papel de estudantes) e que passam por coisas simples como conhecer os gostos pessoais de cada um, nas mais diversas áreas. Foi curioso observar como se geraram diálogos e comentários a propósito de um filme, de uma música, de um livro ou de uma fotografia e a partir daí se partilharam histórias de vida pessoais. Poderia até dizer-se que para o objectivo de aprendizagem em questão este tipo de comentários seria completamente dispensável, mas a minha perspectiva do que aconteceu é um pouco diferente: a propósito desses diálogos aparentemente parasitas conhecemo-nos melhor, mas para além disso e numa primeira fase de euforia no nosso Ning, partimos para a partilha de objectos que se prendiam com os nossos gostos pessoais, fossem fotos, músicas ou filmes. Sem darmos conta, espontaneamente, já estávamos a explorar outras ferramentas web 2.0 e essa partilha que se fez um pouco por entre todas as pessoas do grupo/turma, é na minha opinião uma das actividades que melhor define a oportunidade de partilha, sem que se espere nada em troca, sendo este um dos traços característicos do que nos é potenciado pela Web 2.0. Este fenómeno poderá ter contribuído para a construção de uma comunidade mais unida e mais forte [1]. Talvez por isso, eu acredite que a integração num contexto idêntico ao Ning possa ser uma boa estratégia a utilizar ao início de um curso em e-learning, uma vez que favorece boas condições para a construção de uma comunidade de aprendizagem.

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[1] A aprendizagem é encarada como uma aventura colectiva em que cada elemento contribui com uma peça para a construção de um grande puzzle. Há portanto um elevado grau de interdependência entre os elementos que constituem uma comunidade: ninguém aprende sozinho o que aprenderá em grupo e a aprendizagem do grupo não se constrói sem a partilha de cada um individualmente. Como cada elemento pertencerá a outras comunidades que se prendem com os seus interesses pessoais, profissionais e sociais a transferência de saberes passa, em última análise, de umas comunidades a outras, permitindo a construção de uma rede para além da que se estabelece entre os membros de uma única comunidade.

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